Capa do Livro Gratidão da série Preces em Versos; Guilherme Fraenkel; 2019; Rio de Janeiro

Capa do Livro Gratidão da série Preces em Versos

  • Guilherme Fraenkel
  • Gratidão (Série Preces em Versos)
  • 2ª. Edição
  • Rio de Janeiro
  • 2019

Homenagem

Alguns corações carregam o potencial de nos tocar profundamente transformando a história da humanidade.

Madre Teresa de Calcutá

Ilustração de Liliana Ortrovsky

Madre Teresa de Calcutá

Escópia/Macedônia - 26/08/1910 - 05/09/1997

Não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.

Um símbolo global de amor e de dedicação ao próximo em situação de carência material e moral. Um lembrete constante de que ninguém é tão pobre que não possa ajudar de alguma forma.

Assim vejo vejo Madre Teresa de Calcutá e sua influência sobre minha vida.

Frequentemente damos tanto foco às nossas vidas que deixamos de perceber os enormes privilégios que temos disponíveis, mesmo que diante de algum esforço de nossa parte.

Facilmente vemos os que não partilham dos mesmos privilégios que nós como pessoas desfavorecidas, desafortunadas e não merecedoras de atenção ou de apoio.

Não raro nos revoltamos qundo percebemos que, por mais esforços que realizemos, existem campos da vida em sociedade a que jamais teremos acesso.

Madre Tereza traz para mim uma narrativa inspiradora e questionadora sobre o meu papel na sociedade. Ela foi capaz de romper esteriótipos socialmente estabelecidos para viver a mensagem de amor ao próximo e a si mesmo deixada como lição de casa por Jesus Cristo há 2000 anos.

Por isso resgato sua influência para construir uma narrativa inspiradora sobre gratidão e sobre nosso posicionamento diante da vida. Penso que não basta vermos nossos privilégios em relação aos outros e lamentarmos os privilégios dos outros em relação a nós.

É preciso viver intensamente as relações humanas no limite da transformação que podemos promover. É necessário empenho se queremos uma sociedade mais justa e feliz.

Malala Yousafzai

Ilustração de Liliana Ortrovsky

Malala Yousafzai

Mingora/Paquistão - 12/07/1997

O conteúdo de um livro guarda o poder da educação e é com este poder que conseguimos moldar o futuro e mudar vidas

Felicidade e justiça são patrimônios da humanidade que estão em constante construção em nossas sociedades. Durante o decorrer dos séculos emprestamos valores e definições para conceituar o que seria justo e aceitável para que atinjamos graus cada vez maiores de felicidade

Esta incrível construção coletiva passa, sem a menor sombra de dúvida, por importantes reformulações e acredito que esteja cada vez mais convergente. Nas últimas décadas criamos as Nação Unidas, definimos a declaração de direitos humanos e trabalhamos para que cada sociedade se aproxime ao máximo possível do que foi estabelecido globalmente como direito humano

Neste processo há, sem a menor sombra de dúvida, a necessidade de desenvolcermos nossas capacidades críticas a cerca de nós mesmos e de nossos direitos e deveres para que assim posamos interferir cada vez mais neste movimento global de humanização da sociedade.

Na sociedade contemporânea talvez Malala seja um dos maiores símbolos deste movimento. Mulher, nascida em uma sociedade onde as mulheres não possuem representatividade, naturalmente excluída, transformou sua vida em uma luta constante para desconstruir visões patriarcais e machistas a fim de estabelecer um novo lugar nas sociedades globais para todos os excluidos.

Militante da educação, prega a necessidade de estarmos mais conscientes sobre nós mesmos e sobre os papéis que desempenhamos na sociedade para que assim sejamos capazes de participar desta construção coletiva chamada humanidade estabelecendo cenários mais justos, igualitários e alinhados com os ideais de humanidade adotados globalmente

Malala Yousafzai fala de um lugar de diálogo mas também da necessidade de esforço árduo e contínuo para promover a transformação da sociedade e por isso ela não poderia deixar de figurar nesta obra como importante pessoa homenageada.

Eurípides Barsanulfo

Ilustração de Liliana Ortrovsky

Eurípides Barsanulfo

Sacramento/Brasil - 01/01/1880 - 01/11/1918

É necessário viver meus irmãos, e ser mais do que pó

Educador, humanista, espiritualista e homem persistente quanto à necessidade de promover a transformação da sociedade através da paz e do diálogo, Eurípides Barsanulfo é o terceiro homenageado nesta obra por simbolizar a necesidade de integração da vida material com a vida espiritual a fim de estabelecermos a tão sonhada felicidade.

Viver em humanidade, reconhecer a diversidade, enfrentar as adversidades da vida e significar toda a existência para além das fronteiras humanas promovendo uma visão de continuidade da vida após a morte é dos grandes desafios e ele, vivendo a mensagem espírita, conseguiu deixar importante legado neste sentido.

Barsanulfo significou sua vida para além das incoerências do mundo e viveu com vistas ao futuro promissor que só será possível se despendermos grandes esforços nos campos por onde estamos vivendo.

Símbolo vivo que comprovou através da mediunidade a existência da vida espiritual, viveu de forma coerente e inspiradora buscando humanizar-se sempre. Sem se deixar abater, serviu a muitos e falou da importância de acolhermos a todos e de nos reconhecermos em um intenso movimento de transformação através de processos educativos que se fazem através da relação com o outro.

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